A Deriva continetal
O conceito de Deriva Continental existe desde o final do século XVI e século XVII, quando cientistas europeus notaram o perfeito encaixe entre as linhas costeiras em ambos os lados do Atlântico, como se as Américas, Europa e África tivessem estado juntas em determinado momento, e depois, se afastaram por deriva. Mas foi somente no século XX, que o cientista Alfred Wegener escreveu sobre a fragmentação e deriva dos continentes, apresentando dados sobre as similaridades marcantes entre as rochas, as estruturas geológicas e os fósseis dos lados opostos do Atlântico, e postulou sobre um megacontinente, o qual o denominou de Pangeia (do grego “todas as terras”).
O conceito de Deriva Continental existe desde o final do século XVI e século XVII, quando cientistas europeus notaram o perfeito encaixe entre as linhas costeiras em ambos os lados do Atlântico, como se as Américas, Europa e África tivessem estado juntas em determinado momento, e depois, se afastaram por deriva. Mas foi somente no século XX, que o cientista Alfred Wegener escreveu sobre a fragmentação e deriva dos continentes, apresentando dados sobre as similaridades marcantes entre as rochas, as estruturas geológicas e os fósseis dos lados opostos do Atlântico, e postulou sobre um megacontinente, o qual o denominou de Pangeia (do grego “todas as terras”).
Porém, suas hipóteses sobre a rapidez do movimento dos continentes e quais forças os moviam mostrou-se errônea, o que reduziu sua credibilidade no meio científico. Pesquisas defendendo a teoria da deriva continental continuaram, mostrando que não havia somente similaridades geográficas, mas similaridades geológicas das idades das rochas e das orientações das estruturas geológicas nos lados opostos do Atlântico. Outras evidências da deriva, como fósseis e dados climatológicos, também foram apresentados como dados válidos, e suportam a teoria até os dias de hoje. Fósseis idênticos do réptil Mesossaurus, de ±300 milhões de anos, foram encontrados apenas na África e na América do Sul, sugerindo que estes continentes estavam unidos naquele período. O mesmo ocorre para com os fósseis da flora de Glossopteris, de ±300 milhões de anos. Os animais e as plantas fósseis dos diferentes continentes mostraram similaridades na evolução até o período da fragmentação dos continentes. Também, depósitos associados com geleiras que existiram há ±300 milhões de anos foram encontrados na América do Sul, na África, na Índia e na Austrália.
Apesar de todas as evidências, ainda faltava a explicação para a força motora que movimentava os continentes para convencer a comunidade científica. Essa explicação somente aconteceu quando os cientistas deram-se conta de que a convecção do manto da Terra poderia empurrar e puxar os continentes à parte, formando uma nova crosta oceânica, por meio do processo de expansão do assoalho oceânico. As evidências convincentes começaram a emergir como um resultado da intensa exploração do fundo oceânico ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, com o mapeamento da Dorsal Mesoatlântica submarina e a descoberta do vale profundo na forma de fenda, ou rifte, tectonicamente ativo, estendendo-se ao longo do centro do Oceano Atlântico.
A hipótese da expansão do assoalho oceânico foi apresentada na década de 1960, pelos cientistas Hess e Dietz, onde propuseram que a crosta separa-se ao longo de riftes nas dorsais mesoceânicas e que o novo fundo oceânico forma-se pela ascensão de uma nova crosta quente nessas fraturas. O novo assoalho oceânico, que seria o topo da nova litosfera criada, expande-se lateralmente a partir do rifte e é substituído por uma crosta ainda mais nova, num processo de contínuo de formação de placa.
Na sequência, a tectônica em torno do globo sob a forma de “placas” rígidas movendo-se sobre a superfície da Terra foi descrita, propondo a teoria da Tectônica de Placas, que acabou por subsidiar as questões que faltavam para confirmar as evidências utilizadas para a teoria da Deriva Continental.
Bibliografia:
1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.
2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.
3. WICANDER, R.; MONROE, J.S. (2009). Fundamentos de Geologia. 1ª edição, São Paulo, SP; Cengage Learning, 507p.
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