9 ano - Quadro natural da Europa

O QUADRO NATURAL DA EUROPA

 A Europa situa-se sobretudo na faixa temperada do globo, sendo situada completamente no hemisfério norte e maior parte no oriente (leste). É cortada no extremo norte da península escandinava pelo círculo polar ártico.
 Nela estão situados aproximadamente 7% das terras emersas de todo o planeta. A Europa forma com a Ásia um grande continente: a EURÁSIA, pois se limita com a Ásia pelos montes Urais (formados por formações antigas).

1. RELEVO:

 O relevo da Europa é formado principalmente por montanhas e planícies. Predomina áreas com menos de 200 metros de altitude.

MONTANHAS:

Formações antigas: predominantemente na região norte (península escandinava) e ao leste. São formações antigas e por isso, já sofreram muito desgaste pelos fatores externos (chuva, vento, neve, etc), sendo assim apresentam altitudes mais modestas e são estáveis geologicamente,ou seja, não apresentam movimentação tectônica. São formações cristalinas.
Natureza da Europa
Formações recentes: são também chamadas de dobramentos modernos. São instáveis geologicamente, sendo possíveis a atividade tectônica, com vulcanismo e terremotos. São formações mais recentes e pouco desgastadas pela erosão, por isso, apresentam altitudes mais elevadas. Estão localizadas ao sul do continente europeu.

PLANÍCIES:

 É a estrutura de relevo que mais se destaca no continente europeu. São predominantemente formadas por bacias sedimentares fluviais, ou seja, que sofreram sedimentação dos rios. Elas facilitam os transporte fluvial e são áreas muito férteis, devido a sedimentação de minerais. São favoráveis à agricultura.

REGIÃO OCIDENTAL:

 É predominantemente formada por áreas de altitudes mais baixas (0/200m), devido a sua formação antiga e/ou sedimentar.

REGIÃO SETENTRIONAL:

 É totalmente formada por formações antigas, com exceção da Islândia. Predomina regiões menos elevadas, com exceção dol Alpes escandinavos, localizados na Noruega e na Suécia. Estes, apresentam fiordes, que são vales invadidos por água. Suas elevações são acompanhadas por vales glaciais formados pela erosão glacial, pois, é uma região muito fria.

REGIÃO CENTRO-ORIENTAL:

 É predominantemente formado por áreas de menor elevação, formadas por bacias sedimentares. É nessa região que estão os montes Urais, um maciço antigo que divide a Ásia e a Europa.ao sul apresenta algumas formações recentes que apresentam maiores altitudes.

REGIÃO MERIDIONAL:

 É formada principalmente por cadeias montanhosas recentes, que apresentam maior elevação. Apresenta também algumas áreas de baixa altitude. Porém, é a região da Europa que concentra as áreas mais elevadas, praticamente totalidade da região é formada por altas altitudes.

2. CLIMA E VEGETAÇÃO:

 Vários fatores influem sobre o clima de uma região, tais como latitude, altitude continentalidade/maritimidade, correntes marítimas, massas de ar. O clima é um fator primordial para a ocorrência da vegetação, pois, dependendo do clima de uma região, este pode então criar ou não condições favoráveis para a existência ou não de diversos tipos de vegetação.
 O clima europeu é predominantemente temperado, uma de suas características marcantes é a presença de quatro estações bem definidas.

EUROPA OCIDENTAL:

 O clima predominante é o temperado oceânico. O litoral apresenta uma menor amplitude térmica, pois, no verão, a água demora mais para aquecer, e no inverno, demora mais para perder calor para o ambiente. O clima temperado oceânico está associado a florestas de folhas caducas, ou cadufólias, que perdem suas folhas no inverno, como proteção ao frio.

EUROPA SETENTRIONAL:

 Há presença dos climas temperado oceânico e continental, subpolar, o extremo norte da península escandinava e frio continental. Os tipos de vegetação são: cadufólia, tundra( vegetação rasteira e com ciclo de vida muito curto, somente enquanto o gelo cobre o solo), apresenta-se no extremos sul da península escandinava e na Islândia, nessas regiões, o clima é muito frio (subpolar). Taiga (floresta de coníferas), que tem aspecto de cone, para que a neve, quando caia escorra. É uma vegetação típica de clima frio.

EUROPA CENTRO-ORIENTAL:

 Nessa região, o clima predominante é o temperado continental, além de frio continental e subpolar mais ao extremo norte, apresenta ainda os climas semi-árido e frio de altitude ao sul. A vegetação é bem diversificada, apresentando: cadufólia (região temperada continental), estepes e estepes semi-áridas (na região semi-árida), vegetação de altitude (na região do Cáucaso, no sul, e nos montes Urais, ao norte). Além de tundra e taiga mais ao norte da região.

EUROPA MERIDIONAL:

 O clima dessa região é o meridional, um clima subtropical, de grande amplitude térmica anual. Sofre influência das massas de ar quente providas do Saara. Elevações ao norte dificultam a presença de massas de ar vindas do norte (ártico). A vegetação também constitui característica diferentes das europeias, pois constitui árvores pequenas e arbustos dotados de espinhos.


3. HIDROGRAFIA:

 A região europeia é formada por uma grande quantidade de rios e de lagos que estão bem distribuídos por todo o território europeu.


REGIÃO OCIDENTAL:

 É uma região que apresenta rios de grande importância, como o TÂMISA, SENA, LOIRE, RÓDANO, ELBA e SPREE. O rio Reno é um rio que cumpre uma grande importância na integração regional. É uma grande hidrovia, de grande importância para o escoamento da produção europeia

REGIÃO SETENTRIONAL:

 É uma região em que se destacam não só os rios, mas também os lagos, que geralmente são de origem glacial, devido às baixas temperaturas de região. Com maior destaque para os rios que nascem nos Alpes escandinavos.

REGIÃO CENTRO-ORIENTAL:

 Dois rios dessa região são os mais importantes da Europa, o Danúbio e o Volga.  O rio Danúbio é o segundo mais extenso da Europa mas o mais importante. Permite o escoamento da produção do centro-leste para o mar negro e depois para o mediterrâneo. O Volga é o mais extenso rio europeu e o segundo mais importante. Ele desemboca no mar Cáspio. Nasce no planalto russo e corta quase toda a Rússia europeia. O rio é de extrema importância para a Rússia, pois é navegável e se liga com os mares Cáspio, Negro e Mediterrâneo, possibilitando o escoamento da produção russa. Seu curso é dificultado no inverno devido ao congelamento de suas águas.

REGIÃO MERIDIONAL:

 Nessa região há apenas rios de importância local, como o rio Tejo, douro, minho, ebro. Apresenta também o rio pó, que é o eixo da hidrografia italiana.

8 ano - Atividade IDH


Assista o vídeo 


8 ano - IDH

IDH - Índice de desenvolvimento humano

  IDH, sigla para Índice de Desenvolvimento Humano, é uma medida de desenvolvimento de um país, que avalia não só os aspectos econômicos mas também sociais, considerando que não é apenas a economia que mede o avanço de uma população. Utilizado como parâmetro mundial, o IDH permite comparar a qualidade de vida de cada país, identificando o seu desenvolvimento socioeconômico e orientando as possíveis medidas a serem tomadas naquilo que se encontra deficiente.

  Todos os anos os países são avaliados, avaliação essa que possibilita a Organização das Nações Unidas interferir, por meio da elaboração de políticas de ajuda humanitária, nos territórios que apresentem essa necessidade.

 No entanto, vale ressaltar que, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD Brasil), o IDH não deve ser considerado um medidor de felicidade ou o indicador do melhor lugar para viver, pois não leva em consideração todos os aspectos necessários para chegar-se a essa conclusão, como equidade, sustentabilidade, democracia, entre outros.

Quem criou o IDH?

  O IDH foi criado em 1990 por Mahbub ul Haq, economista paquistanês, em colaboração com Amartya Sen, economista indiano e ganhador do prêmio Nobel de economia de 1998. O Pnud — órgão da Organização das Nações Unidas que visa promover o desenvolvimento dos países e acabar com a pobreza — utiliza o IDH como medida comparativa para avaliar os países-membros da organização.

  É hoje um dos principais indicadores do Relatório para o Desenvolvimento Humano (RDH), considerado pela ONU como um importante instrumento no progresso do desenvolvimento humano no mundo. Esse relatório é divulgado nacional, global e anualmente.

→ O que leva em consideração?

  O desenvolvimento de um país geralmente está associado ao seu crescimento econômico medido pelo seu Produto Interno Bruto, que se refere à soma de todos os bens e serviços produzidos durante um determinado período, normalmente um ano. Contudo, não é esse o único aspecto a ser analisado para fazer essa avaliação. Assim, o IDH leva em consideração aspectos que estão relacionados à qualidade de vida, sendo três principais:

 Educação: refere-se ao nível de conhecimento da população. Para isso são observadas as taxas de alfabetização, de escolarização e o grau de instrução que se referem à média de anos de estudos de um adulto (a partir dos 25 anos) e à expectativa de anos escolares para cada criança. Esse resultado mostra como as políticas públicas de cada país atuam na educação a fim de promover o acesso à escola e a diminuição da evasão escolar.

 Saúde: refere-se à qualidade de vida. Para isso é observada a esperança de vida ao nascer, levando em consideração o número de mortes precoces condicionadas ao acesso à saúde, no que tange aos tratamentos, medicamentos e vacinas, às causas da mortalidade infantil e também às taxas de violência.

 Renda: refere-se à possibilidade de um nível de vida com dignidade. Para isso é observado o PIB per capita — que é o Produto Interno Bruto dividido pelo número de habitantes da área, indicando o que cada pessoa produziu. Esse é um indicador do padrão de vida de cada pessoa.


Como é calculado o IDH?

O cálculo do IDH representa a média entre as três dimensões consideradas: educação, renda e saúde.

 O cálculo do IDH é feito anualmente e trata-se de uma média entre as três dimensões consideradas na análise: renda, saúde e educação, tendo cada dimensão o mesmo peso no cálculo a ser realizado. Para cada uma delas, é criado um índice, que seleciona os valores mínimo e máximo, entre 0 e 1, a fim de chegar-se a uma média.|1| Por exemplo:

→ Saúde

  Para chegar-se à média do índice de expectativa de vida de um determinado lugar, dão-se os valores máximo e mínimo. Veja:

 Suponhamos que o valor máximo de expectativa de vida é de 80 anos, e o mínimo, de 20. Verifica-se a real expectativa de vida desse lugar, por exemplo 72 anos. Calcula-se então:

72-20 dividido por 80-20 que resulta em: 0,866

→ Educação

 Para chegar-se à média do índice de escolaridade de um determinado lugar, dão-se os valores máximo e mínimo. O valor máximo é 100% da população alfabetizada, e o mínimo é 0%.

 Suponhamos que a taxa de alfabetização desse lugar seja de 78,6%. Calcula-se então:

78,6 - 0 dividido por 100 - 0 = 0,786

 E assim é feito com os demais índices dessa dimensão, como a taxa de escolarização e o grau de instrução.

→ Renda

 Para chegar-se à média do índice de vida digna por meio do PIB per capita, o cálculo é feito segundo o logaritmo do rendimento. Esse cálculo é mais complexo em valores máximo e mínimo de dólares. É necessário, para tanto, verificar qual o PIB per capita do país. Veja:

 Suponhamos que o PIB per capita seja de US$ 8000, o valor máximo seja de US$ 40.000 e o mínimo de US$ 100. Calcula-se em escala de logaritmo, chegando a um valor aproximado de 0,700.

 Assim, chegando-se às médias de cada dimensão, é feita a média entre os três resultados, obtendo-se então no Índice de Desenvolvimento Humano. Quanto mais próximo de 0 o resultado, pior é a qualidade de vida no país. Ou seja, há deficiências na área da saúde, educação e/ou renda. Quanto mais próximo de 1, melhor é a qualidade de vida no país, mostrando que as políticas públicas bem como a economia vão bem. O IDH é classificado em: baixo, médio, alto e muito alto.


IDH no Brasil

 O IDH brasileiro, segundo o ranking apresentado pela ONU em 2018, é de 0,759, estando na 79º posição entre 189 países, resultado esse classificado como alto desenvolvimento humano. Entre os países da América do Sul, o Brasil apresenta o quinto melhor IDH. Contudo, o país encontra-se estagnado nessa posição há três anos, evidenciando dificuldades tanto econômicas quanto sociais.


 Em 2018 o país apresentou melhoras no que tange à saúde e renda e manteve-se estagnado quanto à educação. A média de anos de escolarização do brasileiro é de 7,8 e mantém-se desde 2016. A média de anos escolares esperada para um adulto é de 15,4 anos. Em 2016 a expectativa de vida dos brasileiros era de 75,5, passando para 75,7 em 2018, o que representa melhoria nas políticas públicas voltadas à saúde.

 Além do Índice de Desenvolvimento Humano do país, há também o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que analisa também três dimensões: expectativa de vida, educação e renda, assim como o IDH global. Aquele analisa a qualidade de vida nos municípios brasileiros segundo à realidade do país, apontando os desafios regionais bem como as suas potencialidades.

 Segundo o IDHM, os 100 municípios com melhor qualidade de vida encontram-se principalmente na região Sudeste e na região Sul do país. Segundo o Pnud Brasil, São Caetano do Sul, no estado de São Paulo, lidera o ranking com IDHM de 0,862. A última posição é ocupada por Melgaço, no Pará, com IDHM de 0,418. Para saber mais sobre o assunto, leia nosso texto: IDH do Brasil.

IDH mundial

A Noruega lidera o ranking de IDH mundial, apresentando a melhor qualidade de vida entre os países

  O IDH mundial é liderado por países com alto desenvolvimento humano. Os primeiros dez países do ranking encontram-se nos continentes europeu e asiático. Já os países com baixo desenvolvimento humano estão na Oceania, África e Ásia.

Veja a lista com os melhores e piores IDHs do mundo:


Alto desenvolvimento humano 

Baixo desenvolvimento humano


Noruega – 0,953 

Níger – 0,354


Suíça – 0,944 

República Centro Africana – 0,367


Austrália – 0,939 

Sudão do Sul – 0,388


Irlanda – 0,938 

Chade – 0,404


Alemanha – 0,936 

Burundi – 0,417


Islândia – 0,935 

Serra Leoa – 0,419


Suécia – 0,933 


Singapura – 0,932 

Mali – 0,417


Holanda – 0,931 

Libéria – 0,435


Dinamarca – 0,929 

Moçambique – 0,437

GEOGRAFIA

Pensar o bem comum!

Nada mais atual!

Visitas