9 ano - Atividades sobre Globalização e seus efeitos

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9 ano - Globalização e seus efeitos

Globalização e seus efeitos




  A globalização tem efeitos de longo alcance em nosso estilo de vida. Isso nos direciona a um acesso mais rápido à tecnologia, melhor comunicação e inovação.
   Além disso, ela desempenha um papel importante em reunir pessoas de diferentes culturas, inaugurando uma nova era na economia mundial, o que gerou grandes desenvolvimentos.
Todo esse processo de globalização é capaz de oferecer consequências boas e ruins para o planeta e para a humanidade.
globalizacaoGlobalização: conexão entre diferentes lugares e pessoas.

Abaixo, entre pontos positivos e negativos, listamos 6 consequências que a globalização traz para o mundo.

1. Desemprego

  Em quase todos os países em desenvolvimento, mais da metade da população trabalhadora contava com empregos nas indústrias até que a globalização se instalou.
   O avanço da tecnologia reduziu esse tipo de emprego e aumentou a necessidade de profissionais qualificados em outras áreas. A maioria das pessoas nos países em desenvolvimento não possui esse tipo de qualificação.
 Assim, começou a ocorrer um vasto histórico de desemprego o que, consequentemente, gerou incapacidade de satisfazer as necessidades básicas de algumas pessoas.
 Tudo isso resulta em um aumento de atividades criminosas, como roubo, furto, homicídio e abuso de drogas.
  A taxa de desemprego e pobreza continua crescendo à medida que aumenta a desigualdade social.

2. Má qualidade na alimentação e doenças

  A globalização trouxe o consumo de alimentos processados que conta com elementos químicos e artificiais em sua produção.
 Para se beneficiar de negócios agropecuários, animais como as vacas são alimentadas com produtos químicos que as fazem produzir muito leite ou aumento de peso. Esse processo é realizado com foco na larga produção e venda para as indústrias.
Devido ao aumento da ingestão desses produtos químicos presentes nos alimentos, as doenças crônicas estão em ascensão.
  Além disso, há uma queda na qualidade de vida da população, principalmente nos países em desenvolvimento, devido a problemas como o consumo exacerbado de agrotóxico em alimentos.
agrotoxicoAplicação de agrotóxico em plantação de alimentos.

3. Investimentos na economia estrangeira

  O investimento estrangeiro é um dos resultados da globalização que culmina em muitos desenvolvimentos em países que ainda se encontram em processo de desenvolvimento.
  Por exemplo, alguns investidores querem que as matérias-primas e os bens sejam transferidos mais rapidamente para a própria indústria e mercado, respectivamente.
 A única maneira de fazer isso é ajudar cada governo na construção de uma infraestrutura eficiente. Assim, a população local consegue emprego nessas indústrias e empresas estabelecidas em seu país.
 Os investidores impulsionam a economia do país pagando impostos ao governo. Com isso, eles ajudam a melhorar instituições como escolas e hospitais por meio de agências governamentais que beneficiam os locais e seus familiares.
 Porém, o maior lucro em todo esse processo de investimento, retorna para os próprios países investidores.
investimentoInvestimento financeiro.

4. Competitividade no mercado econômico

  Hoje, os clientes têm acesso a marcas locais e internacionais a preços competitivos. Empresas nacionais estão competindo com empresas estrangeiras, o que leva melhores produtos e taxas mais baixas para o consumidor final.
  Pequenas empresas podem agora expandir suas operações em todo o mundo devido aos avanços da tecnologia. Além disso, as empresas podem obter financiamento do exterior e levar suas operações para mercados estrangeiros.
 Corporações multinacionais têm escritórios e filiais em todo o mundo, o que lhes permite atingir um público maior e estimular o crescimento econômico nos países em desenvolvimento.
  A globalização também incentiva a inovação e a criatividade. As empresas estão sendo pressionadas a desenvolver melhores produtos e serviços para se manterem competitivas.

5. O consumo e o meio ambiente

  Ao longo dos anos, a população mundial tem crescido consideravelmente. A questão é que o consumo de recursos naturais vem crescendo desenfreadamente e estamos consumindo mais recursos naturais do que o planeta nos consegue oferecer.
 Ativistas têm apontado que a globalização levou a um aumento no consumo de produtos, o que impactou o ciclo ecológico. O aumento do consumo também leva a um aumento na produção de bens, o que, por sua vez, sobrecarrega o meio ambiente.
 A globalização também levou a um aumento no transporte de matérias-primas e alimentos de um lugar para outro. A quantidade de combustível que é consumida no transporte desses produtos levou a um aumento nos níveis de poluição no meio ambiente.
desmatamentoDesmatamento, uma das ações de exploração dos recursos naturais.


  Antes, as pessoas costumavam consumir alimentos cultivados localmente, mas com a globalização, as pessoas consomem produtos que foram desenvolvidos em países estrangeiros.
  O lixo industrial que é gerado como resultado da produção foi carregado em navios e despejado nos oceanos. Isso matou muitos organismos subaquáticos e depositou muitos produtos químicos nocivos no oceano.
 Tudo isso são consequências que a globalização tem gerado de forma rápida e preocupante para o meio ambiente, o que gera um alerta feito por ativistas e até mesmo elaboração de grandes acordos entre as maiores potências mundiais.

6. Tecnologia e comunicação

  Com a internet, banda larga, tecnologia de telefonia celular, dispositivos portáteis sem fio e outras tecnologias de comunicação, as pessoas passaram a se comunicar perfeitamente, mesmo com longas distâncias.
  Com o avanço da tecnologia, o mundo está ficando cada vez menor, em relação a tempo-espaço. Hoje a comunicação atravessa diferentes pontos do mundo, com muita facilidade.
comunicacaoComunicação na globalização.
  Embora a comunicação entre as nações além de suas fronteiras seja um conceito antigo, o desenvolvimento da globalização, principalmente nas novas tecnologias, está impactando as formas como nos comunicamos e aprendemos de maneiras diferentes e fascinantes.
   O aumento do uso da internet em particular tem sido incrivelmente instrumental para melhorar as maneiras pelas quais nos conectamos uns com os outros.
  Por causa de tecnologias como a internet, temos a oportunidade de ver diversas perspectivas que estavam fora do nosso escopo anteriormente.
  Somos capazes de nos conectar totalmente com alguém que está a milhares de quilômetros de distância em tempo real e os efeitos são profundos, já que a nossa forma de conviver, trabalhar e nos relacionar pode mudar completamente a partir disso.

8 ano - Migrações internacionais

Migrações internacionais

  Os fluxos populacionais foram incrementados a partir do desenvolvimento do sistema de transporte (Rodoviário, hidroviário, ferroviário e aéreo) e das telecomunicações, que ofereceram maior mobilidade às pessoas em todo mundo. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), aproximadamente 175 milhões de pessoas vivem fora do país de origem.
   Os fluxos populacionais entre países são denominados de migrações internacionais, essas podem ocorrer por atração ou por repulsão, a primeira geralmente acontece quando as pessoas vivem em países nos quais não há boas condições de vida e de trabalho, são atraídas rumo a países desenvolvidos, como Estados Unidos, países da Europa desenvolvida e Japão, a segunda são migrações onde o indivíduo deixa seu país devido a problemas políticos, perseguições, guerras, entre outros.
  A maioria das migrações internacionais ocorre pela busca de trabalho, as principais correntes migratórias emergem de Latino-Americanos, Africanos e Asiáticos em direção aos EUA, Europa e Japão. Os trabalhadores migrantes enviam dinheiro para sua terra natal, algumas estimativas revelam que eles movimentam anualmente cerca de 58 bilhões de dólares, o Brasil, por exemplo, recebe anualmente cerca de 2,8 bilhões de dólares enviados por brasileiros que vivem no exterior.


  Os brasileiros por vários motivos saem do país, o movimento de saída do país é chamado de emigração, o de entrada de estrangeiro é denominado de imigração. O que levam os brasileiros a sair do país rumo a outro, são as sucessivas crises econômicas, hoje existem cerca de 2 milhões de brasileiros vivendo no exterior de forma clandestina.

  Outra modalidade de migração internacional é a de fluxo de refugiados, indivíduos que sofrem perseguições de ordem política, religiosa ou étnica. Na década de 1970, havia cerca de 2,5 milhões de refugiados, hoje esse número chega aos 25 milhões, decorrentes de acontecimentos geopolíticos como: o fim do socialismo, a diminuição de ajudas financeiras e humanitárias e principalmente pela expansão do fundamentalismo Islâmico.
  São considerados migrantes refugiados cerca de 25 milhões de pessoas, que foram obrigados a deixar seus lares devido a problemas ambientais, como desmatamento, desertificação, erosão dos solos e desastres químicos e nucleares.
   As origens dos refugiados são as mais variadas, mas geralmente possuem algumas características, como origem de países subdesenvolvidos, no qual a renda per capita média está abaixo de 500 dólares e há alto índice de analfabetismo, governos ditatoriais que violam os direitos humanos de determinada parcela da população, na forma de perseguições políticas e torturas, extermínio étnico e discriminações religiosas e culturais.
  Por fim, existe um fluxo, agora sem agravante, que é o turístico, que são motivados pela busca de lazer, cultura e religião, esse processo motiva a comercialização de viagens em grande escala a custos mais reduzidos (pacotes de viagens), mas esse tipo de fluxo é privilégio de uma restrita parcela da população mundial.
  Os principais países que atraem turistas são Alemanha, Japão e EUA, o volume do faturamento decorrente a atividade é de aproximadamente 4,5 trilhões de dólares, gerando cerca de 200 milhões de empregos em todo o mundo.
O deslocamento de pessoas no mundo
O deslocamento de pessoas no mundo

  Os anos 2000 foram cenário de movimentos maciços de população que fogem dos conflitos, da pobreza e de perseguições. Abaixo, alguns casos:
- Desde 2011: Síria -
 O conflito na Síria, que começou com a repressão das manifestações pró-democracia, deixou mais de 360.000 mortos desde março de 2011. Neste país de aproximadamente 23 milhões de habitantes antes da guerra, mais da metade da população se viu obrigada a fugir de seus lares por causa dos combates. No interior do país há cerca de 6,6 milhões de sírios deslocados.
  O restante, mais de 5,6 milhões, fugiram para o exterior, a maioria a países vizinhos, segundo os últimos dados da Agência da ONU para os Refugiados (Acnur).
  A Turquia é o país que acolhe mais sírios registrados pela Acnur, com mais de 3,6 milhões. Em seguida estão Líbano (menos de 1 milhão a 1,5 milhão, segundo Beirute) e Jordânia (de 673.000 a 1,3 milhão, segundo Amã).
 Centenas de milhares de sírios se refugiaram também na Europa, sobretudo na Alemanha.
- 2013-2018: Sudão do Sul -
  O Sudão do Sul, que conquistou sua independência em 2011, foi cenário de uma guerra civil durante quase cinco anos, é caracterizado pelas atrocidades de caráter étnico. O conflito entre dezembro de 2013 e setembro de 2018 deixou mais de 380.000 mortos e obrigou cerca de 4,2 milhões de pessoas, um terço da população, a fugir.
 Segundo o Acnur, quase 2,2 milhões de pessoas deixaram o país para ir a Uganda (785.000), Sudão (764.000) e Etiópia (422.000). Trata-se de uma das piores crises humanitárias do mundo.
- 2015: um recorde na Europa -
  A chegada maciça e continuada de migrantes por vários anos provocou uma grave crise migratória e política na Europa, onde os governos endureceram suas condições de acolhida e, em alguns casos, restabeleceram os controles fronteiriços.
 Depois do recorde de mais de 1 milhão de migrantes em 2015, o número de chegadas pelo mar Mediterrâneo (de origem síria, iraquiana, afegã e da África subsaariana) tende a cair. Em 2016 foram mais de 362.000, e em 2017, 172.000. Desde o início de 2018, 132.500 migrantes chegaram à Europa, 108.400 deles pelo mar, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Cerca de 2.130 pessoas morreram nessa tentativa.
  À medida que foram fechando as rotas migratórias no Mediterrâneo oriental (Turquia-Grécia) e central (através da Líbia ou da Tunísia para a Itália), a pressão foi sendo acentuada na rota ocidental, sobretudo no Marrocos. As redes de tráfico de migrantes aumentaram suas atividades rumo à Espanha que, com quase a metade das chegadas, se tornou neste ano a principal porta de entrada da imigração clandestina na Europa.
- A partir de 2015: Venezuela -
  Segundo as Nações Unidas, cerca de três milhões de venezuelanos vivem no exterior, dos 2,3 milhões emigraram desde 2015, fugindo da grave crise econômica, política e social que atravessa o país. A Colômbia, que compartilha 2.200 km de fronteira com a Venezuela, acolhe mais de 1 milhão; o Peru, pelo menos 550.000; e o Equador, cerca de 300.000. Em agosto deste ano, uma estimativa divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que cerca de 30,8 mil venezuelanos vivem no Brasil atualmente.
 O Acnur acredita que esse êxodo de venezuelanos que escapam da hiperinflação e da escassez é o mais expressivo fluxo migratório da história recente da América Latina.
- 2018: Honduras -
 Uma caravana de milhares de migrantes, principalmente hondurenhos que saíram de seu país escapando da violência e da pobreza, alcançou em meados de novembro deste ano à fronteira com os Estados Unidos.
 Outras caravanas procedentes de América Central se juntaram e os migrantes percorreram milhares de quilômetros a pé, de ônibus ou em veículos que os ajudavam, na esperança de obter o status de refugiados nos Estados Unidos.
 Cerca de 6.000 pessoas se reuniram na cidade mexicana de Tijuana, mas não conseguiram cruzar a fronteira, para onde o presidente Donald Trump deslocou milhares de soldados.

GEOGRAFIA

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