A expressão "leste europeu" não tem um suporte científico e concreto, pois vários países geralmente desconsiderados podem muito bem se encaixar nesta categoria. Seu uso fazia mais sentido em um contexto de Guerra Fria, com o antagonismo entre ocidente capitalista e oriente socialista.
De qualquer modo, o conceito sobreviveu ao fim da União Soviética, e pode-se dizer com certa segurança que atualmente 22 países (sem considerar Kosovo, com o status ainda indefinido) constituem o leste europeu. Destacam-se na região os antigos países pertencentes ao bloco socialista, na prática, "satélites políticos" dos soviéticos. Além disso, existem as jovens nações que conquistaram a independência nas duas últimas décadas, nomeadamente, aqueles surgidos do esfacelamento de Iugoslávia e União Soviética, ou da separação da Checoslováquia. Outras nações da região, como Grécia e Polônia sofreram constantes mudanças na sua configuração territorial nos últimos dois séculos. Deixando de lado os aspectos políticos, é certo que esta metade da Europa possui grande diversidade étnica, cultural e religiosa, o que nem sempre se traduz em paz e harmonia. Exemplo disso é a Primeira Guerra Mundial, iniciada nos Bálcãs.
O leste europeu era, até a Segunda Guerra Mundial, o local que concentrava a maior população judia no mundo, sendo lar dos judeus ashkenazi e litvak. Ainda hoje a área abriga a maior parte da igrejas ortodoxas existentes, além de ser o núcleo da mais importante cultura muçulmana da Europa, influência da presença turco otomana. O catolicismo é preponderante apenas na Polônia, sendo que os países do báltico (Estônia, Letônia e Lituânia) possuem importantes comunidades protestantes.
Outro aspecto característico do leste da Europa é a tradição de regimes fortes, ou mesmo ditatoriais, de esquerda ou de direita. Como exemplos atuais temos a Bielorrússia, a Ucrânia e Albânia, cujos governos despertam a atenção e o cuidado da comunidade internacional. A maioria das nações do leste europeu partilha ainda uma herança socialista, influência do predomínio da antiga União Soviética (hoje Federação Russa), vivendo décadas isolado da parte ocidental do continente, no que se convencionou chamar "cortina de ferro", a barreira ideológica, política e militar que separava capitalistas e socialistas.
No aspecto geopolítico e econômico, o leste europeu é considerado a "parte pobre" da Europa, pois a maioria de seus povos, até bem pouco tempo, ainda estavam presos a sistemas feudais e impérios arcaicos, enquanto que as nações mais a oeste experimentavam constantes ventos de mudança com as navegações, o estabelecimento de grandes impérios ultramarinos, as ideias iluministas e a revolução industrial. De fato, as condições de vida em muitos desses países podem ser comparadas a de outras nações em desenvolvimento, com uma indústria incipiente, alta concentração de pessoas nas áreas rurais, baixos níveis de educação, saneamento, etc.
A América é um continente muito rico, embora grande parte de seus recursos ainda permaneçam inexplorados. No entanto, esta riqueza encontra-se repartida de maneira desigual, tanto no interior de cada país, quanto no conjunto do continente. Os Estados Unidos e o Canadá, por exemplo, apresentam uma economia avançada e muito industrializada, enquanto grande parte da América Latina permanece em situação de subdesenvolvimento e dependência comercial e financeira. Os Estados Unidos, com enormes recursos minerais e energéticos, agricultura especializada, apurada tecnologia e avançada indústria, controlam os mercados mundiais de importantes produtos agrícolas, minerais e industrializados. Da mesma forma, o "colosso do norte" exerce tutela econômica sobre muitos países latino-americanos cujo comércio exterior baseia-se na troca de matérias-primas (agrícolas e minerais) por produtos industrializados.
A atividade agropecuária apresenta níveis de desenvolvimento semelhantes no Canadá e nos Estados Unidos, embora a produção seja muito maior neste último país, devido tanto ao clima temperado que domina a maior parte de seu território quanto à qualidade dos solos, ricos em matéria orgânica, e ao caráter industrial das plantações, extensas e muito mecanizadas.
Destacam-se, sobretudo, as grandes plantações de trigo (que proporcionam colheitas de primavera e de inverno), milho, algodão e, em menor escala, aveia, cevada, arroz, leguminosas, linho, soja, tabaco, hortaliças, frutas etc.
Os rebanhos de ovinos e suínos alcançam grande rendimento nas fazendas americanas e canadenses, embora os maiores índices de produtividade pertençam ao gado bovino, criado de forma industrial no sudeste do Canadá e nas regiões centro, noroeste e sudeste dos Estados Unidos. A silvicultura e a pesca também constituem importantes fontes de matérias-primas para a indústria e para as exportações de ambos os países.
Já na América Latina, as profundas distorções existentes na estrutura da propriedade agrária e as técnicas agrícolas antiquadas constituem sério entrave ao desenvolvimento e à diversificação da atividade agropecuária, o que obriga quase todos os países a importar grande quantidade de produtos alimentícios.
O México, que exporta algodão e sisal, produz grandes safras de trigo, milho e outros cereais. Na América Central e nas ilhas do Caribe há grandes plantações de café, banana, cana-de-açúcar, cacau, tabaco, linho, soja, algodão e milho.
As lavouras de produtos tropicais e de cereais também se estendem por vastas regiões do Brasil, Colômbia e Venezuela, enquanto a pecuária, principalmente bovina, ovina e eqüina, atingiu grande desenvolvimento nos campos do Brasil, Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile e Uruguai. As colheitas de cereais do sul do Brasil e da Argentina encontram-se entre as mais importantes do mundo.
A região Centro-Oeste é a segunda maior do país em extensão territorial, e a menos populosa. Composta pelos estados de Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS) e o Distrito Federal (DF), onde está situada a capital do País, Brasília, a região não possui lugares com grandes altitudes. O seu relevo é dividido em três áreas principais: planalto central, planalto meridional e planície do pantanal.
O clima predominante é o tropical semiúmido, com duas estações bem definidas – um inverno seco e um verão muito quente e chuvoso. As temperaturas variam bastante: podem chegar a cerca de 40 °C nos meses mais quentes e 15 °C nos meses mais frios.
É no Centro-Oeste que se encontra a maior planície alagada do mundo: o Pantanal. Além dela, a vegetação que predomina é o Cerrado, que se caracteriza pela presença de árvores baixas, espaçadas com tronco e galhos retorcidos. Já o norte de Mato Grosso é caracterizado pela Floresta Amazônica.
Em termos de recursos hídricos, a região é muito rica, pois é drenada por muitos rios, que formam três grandes bacias hidrográficas: a Amazônica, a do Tocantins-Araguaia e a Platina.
Sua cultura é bem diversificada, pois uma característica dessa região é a população de origem multicultural, ou seja, composta por pessoas vindas de diversos lugares do Brasil.
As placas tectônicas são enormes blocos que fazem parte da camada sólida externa do planeta Terra, a crosta terrestre. Elas sustentam os continentes e os oceanos e são conduzidas pelas correntes de convecção, resultado do calor irradiado do magma incandescente da Terra, que está em constante movimento. Há dez placas que se movimentam e, ano a ano, elas afundam alguns milímetros. Assim, as dimensões e contornos do relevo terrestre são alterados.
É comum chamarmos esses fragmentos de “placas tectônicas”, mas o nome correto seria “placas litosféricas”. Isso porque elas atingem toda a camada exterior da Terra, conhecida como litosfera. Essa, por sua vez,é formada pela crosta terrestre, pela área oceânica e pela parte externa do manto superior. A litosfera é composta por uma camada rochosa de aproximadamente 150 quilômetros de espessura, podendo variar nas regiões montanhosas e profundidades marinhas.
As placas tectônicas possuem zonas de encontro, locais caracterizados por cadeias montanhosas ou falhas e que apresentam terremotos, tsunamis e vulcões. Chamamos de zonas de subducção os locais onde uma placa mergulha para baixo de outra, ou seja, muitos sismos (tremores de terra) também ocorrem por causa desse movimento. Afinal, a cada encontro das placas, a energia é liberada por meio de terremotos. Por fim, há vulcões originários dos limites dos blocos subterrâneos e as erupções acontecem quando o acúmulo de rocha derretida sai pelas fendas e sobe entre as placas.
Quais são as placas tectônicas?
Placa do Pacífico: é a maior das placas, com cerca de 103 milhões de quilômetros quadrados. Na região do Havaí, a placa encontra-se em renovação com a subida do magma e a criação de ilhas vulcânicas. No seu encontro com a placa das Filipinas, ela afunda na região conhecida como “Fossa das Marianas”, onde há a maior profundidade dos oceanos: 11.034 metros.
Placa de Nazca: são 10 milhões de quilômetros quadrados no leste do oceano Pacífico, e a cada ano essa placa diminui 10 centímetros, como consequência das “batidas” com a placa Sul-Americana. Por ser mais leve, ela desliza por cima da placa Sul-Americana, elevando as montanhas dos Andes e dando vida a novos vulcões.
Placa Sul-Americana: com 32 milhões de quilômetros quadrados, tem o Brasil em seu centro, por isso nós não sentimos os efeitos de terremotos e não há atividade vulcânica. Na região central do continente, a placa possui 200 quilômetros de espessura, e na borda de encontro com a placa da África, as áreas mais novas não chegam a ter 15 quilômetros.
Placa da América do Norte e do Caribe: essa placa possui 70 milhões de quilômetros quadrados e fazem parte dela toda a América do Norte e a Central. No seu deslocamento na direção horizontal em relação à placa do Pacífico, foi criada uma fronteira, onde localiza-se a Falha de San Andreas.
Placa da África: uma falha submersa no meio do oceano Atlântico libera caminho para o magma do manto inferior. Por isso, esse bloco se afasta pouco a pouco da placa Sul-Americana e vai ficando maior. Atualmente, possui 65 milhões de quilômetros.
Placa da Antártida: há 200 milhões de anos, a parte leste dessa placa estava com a Austrália, a África e a Índia. Ela se chocou com aproximadamente cinco placas menores que formavam o lado oeste e isso resultou no bloco que engloba a Antártida e a parte do Atlântico Sul, com 25 milhões de quilômetros quadrados.
Placa Indo-Australiana: esse bloco de 45 milhões de quilômetros quadrados suporta a Índia, a Austrália, a Nova Zelândia e grande parte do oceano Índico, direcionando-se para o norte. A borda nordeste dessa placa choca-se com a placa das Filipinas, sendo uma região bem conhecida por terremotos.
Placa Euroasiática Ocidental: é a placa de 60 milhões de quilômetros quadrados que sustenta a Europa e parte da Ásia, do mar Mediterrâneo e do Atlântico Norte. Ao chocar-se com a placa Indo-Australiana, surgiu o conjunto de montanhas do Himalaia (sul da Ásia).
Placa Euroasiática Oriental: com movimento para o leste e 40 milhões de quilômetros quadrados, essa placa choca-se com a das Filipinas e a do Pacífico, região onde fica o Japão. O encontro dessas três placas é forte, sendo uma das áreas do planeta com maior número de terremotos e vulcões.
Placa das Filipinas: é a menor das placas, com 7 milhões de quilômetros quadrados, porém com metade da concentração de vulcões ativos da Terra em seus limites. Quando colide com a placa Euroasiática Oriental, há terremotos e erupções que podem ser destruidores.
Quais são os limites das placas tectônicas?
Existem três tipos de limites. Entenda cada um deles:
Limites divergentes: ocorre quando as placas traçam o movimento de distanciamento entre elas, gerando uma nova crosta oceânica. Esse movimento é realizado no sentido horizontal e o limite possui três estágios, além de uma atividade vulcânica bem intensa. O primeiro é a abertura de um oceano resultante da fratura da costa, fazendo com que a água invada a área e forme lagos. O segundo estágio apresenta uma fragmentação total e formação de dois continentes separados por um oceano, além da continuidade de atividade vulcânica devido à elevação do magma. O resultado da atividade magmática cria o terceiro estágio, quando há a formação de oceano.
Limites convergentes: quando há o movimento de colisão de uma placa com a outra, chamamos de “limites convergentes”. Aqui, há três tipos de convergência:a oceânica-continental,quando existem fissuras profundas nos oceanos, o encontro de placas e a possível formação de vulcões;a continental-continental,sendo o caso de uma placa se movimentar para baixo de outra, formando cadeias de montanhas; e a oceânica-oceânica, em que a convergência ocorre entre duas placas oceânicas.
Limites conservativos: podemos observar a ocorrência dos limites conservativos em locais com deformação. Aqui, as placas tectônicas deslizam-se uma em relação à outra, sem convergência ou divergência. A movimentação das placas ocorre por causa da energia que é liberada na extensão desses limites. Assim, há a possibilidade de acontecerem terremotos dos “focos rasos”, os mais destrutivos.
A União Europeia (UE) é um bloco econômico criado em 1992 para estabelecer uma cooperação econômica e política entre os países europeus. É um dos exemplos de blocos mais avançados apresentando uma integração econômica, social e política, moeda comum, livre circulação de pessoas e funcionamento de um Parlamento Europeu formado por deputados dos países membros e eleitos pelos cidadãos.
A organização que foi essencial para a integração da Europa e a criação da União Europeia foi a Comunidade Econômica Europeia (CEE), ou, também conhecida como Mercado Comum Europeu (MCE). A CEE foi criada em 1957 e foi formada nessa época apenas pela: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Esta organização também era chamada de “Europa dos 6”.
O contexto de criação da CEE foi na Guerra Fria, momento em que o mundo vivia a bipolarização entre os norte-americanos e soviéticos. Como forma de buscar uma aliança para fortalecer as comunidades europeias com uma recuperação economicamente e enfrentar o avanço da influência norte-americana, os europeus objetivaram criar vínculos para integração econômica.
Outro fato importante para entender a criação do bloco econômico é que nesta época a Europa buscava se reconstruir dos danos da Segunda Guerra Mundial e, bem como, de prosperar a paz. Dessa forma, outra intenção foi construir uma força militar e de segurança.
A proposta da CEE foi incentivar a cooperação econômica tornando os seus membros dependentes, mantendo uma relação de mercado comum entre os países. Na década de 80 outros países integraram a CEE como a: Inglaterra, Grécia, Espanha, Dinamarca, Irlanda e Portugal. Com a adesão destes países, a comunidade europeia se chamaria de “Europa dos 12”.
A criação da União Europeia veio apenas em 1992, na cidade de Maastricht na Holanda, quando os países da CEE se reuniram e assinaram o chamado Tratado de Maastricht. Este tratado, que entrou em vigor apenas em 1993, propôs uma integração e cooperação econômica, buscando harmonizar os preços e as taxas de importação.
Em 1999 foi projetada na UE a criação de um banco central e da moeda única, o Euro. Esta nova moeda foi capaz de gerar profundas mudanças no cenário geopolítico e pode dar condições de fortalecer a economia e influência da UE para competir com o dólar norte-americano.
E ainda, também se iniciou políticas comuns de defesa, cidadania e de proteção ao meio ambiente, tendo uma preocupação com as mudanças climáticas e ajuda humanitária e proteção civil.
Com a UE permitiu-se a livre circulação de mercadorias, serviços e pessoas por meio da eliminação dos controles das fronteiras entre os países da UE, abolindo barreiras físicas, jurídicas e burocráticas. A União Europeia torna a Europa praticamente como se fosse um país único.
Confira abaixo os principais tratados dos países europeus e adesão dos países:
1957 -Tratado de Roma. Institui a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atômica (Euratom) e aprofundou a integração econômica europeia;
1965 – Tratado de Bruxelas. Simplifica o funcionamento das três instituições europeias como a CEE, a Euratom e a CECA - Comunidade Econômica Europeia do Carvão e do Aço que são substituídos pela
1988 – Ato Único Europeu. Propõe medidas para criação de um mercado único. Aderem Portugal e Espanha.
1992 – Tratado de Maastricht – Criação da União Europeia
1997 – Tratado de Amsterdã – Reforma das instituições para adesão de mais países à EU. A Áustria, Finlândia e Suécia aderem a UE
2001 – Tratado de Nice. Nova reforma na instituição para adesão de 10 países: República Checa, Estónia, Chipre, Letónia, Lituânia, Hungria, Malta, Polónia, Eslováquia e Eslovénia.
2004 – Tratado de Roma - Este novo tratado em Roma buscava criar uma Constituição para a Europa, porém, por motivos de desacordos os países não chegaram a um consenso e não assinaram o tratado.
2007 – Tratado de Lisboa – Busca tornar a UE mais democrática e eficaz para resolver problemas sociais e ambientais, como as mudanças climáticas e ajuda humanitária. Romênia e Bulgária aderem à UE.
2013 – A Croácia adere à UE
2016 – Num plebiscito popular o Reino Unido vota a favor de sua saída da UE.
Curiosidades
A superfície que abrange a União Europeia é de 4.793.909 km².
A população total da União Europeia é de 493.011.693.
A soma do PIB (2014) de todos os países da União Europeia é de US$ 18,5 trilhões.
26 países da União Europeia apresentam desenvolvimento humano muito alto, ou seja, o valor de IDH é superior a 0,800. Apenas Bulgária (0,782) e Romênia (0,793) são países com desenvolvimento humano alto (valor de IDH acima de 0,700).
A bandeira da União Europeia foi criada em 1955 e simboliza os ideais de união, cooperação e harmonia entre os povos da Europa.
Existe o Hino Europeu, que é parte da nona sinfonia de Ludwig Van Beethoven.
O Dia da Europa é comemorado no dia 9 de maio, cuja data é quando foi feito a Declaração de Schuman de 1950. Esta declaração é de Robert Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros Francês e nesse discurso comentou sobre a ideia de união política na Europa.
Winston Churchill, Primeiro-Ministro britânico, ao discursar propôs a criação de um “Estados Unidos da Europa”, em 19 de setembro de 1946, sendo um dos primeiros a pensar na união da Europa.
A América Latina é concebida a partir de duas principais divisões regionais: uma obedece ao critério da localização e posição geográfica, outra obedece a critérios culturais e econômicos. A primeira divide o continente em América do Sul, Central e do Norte. A segunda divide em América Latina e Anglo-saxônica.
Divisão Física
Tendo como critério a posição física dos continentes no que se refere às suas respectivas latitudes e respeitando, ainda, as divisões político-nacionais, a América é dividida em América do Norte, Central e do Sul.
A América do Norte é composta por Estados Unidos, Canadá e México.
A América Central é formada por Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Cuba, Dominica, República Dominicana, Granada, Haiti, Jamaica, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago.
Já da América do Sul fazem parte: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Chile, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
Além da posição latitudinal, nota-se também a configuração dos formatos do continente americano, notadamente marcado por duas grandes porções de terras ligadas por outra parte menor. Além disso, nessa divisão, cada parte encontra-se sobre uma placa tectônica distinta.
Divisão sociocultural
A divisão sociocultural da América divide esse continente em América Anglo-Saxônica e América Latina. Na primeira região, encontram-se apenas Estados Unidos e Canadá; na outra, todos os demais países do continente americano. É comum ouvir que os principais critérios dessa divisão são o idioma e a diversidade étnica, entretanto, isso não é totalmente verdadeiro.
Os idiomas da América Anglo-Saxônica, de acordo com essa divisão, seriam aqueles de origem inglesa ou saxônica, no caso o Inglês. No entanto, uma parte do Canadá fala o Francês – língua de origem latina –, que é, inclusive, um dos idiomas oficiais do país. Além disso, alguns estados dos EUA adotam outros idiomas oficiais além do inglês, como o próprio Francês e o Espanhol, outra língua de origem latina.
Além disso, nem todos os países da América Latina utilizam idiomas de origem latina. É o caso, por exemplo, do Suriname, que fala Holandês, e de alguns países da América Central que adotaram o inglês como idioma oficial. Isso sem contar as inúmeras línguas pré-colombianas utilizadas por povos indígenas, algumas delas também adotadas oficialmente (como o guarani, no Paraguai).
Essa divisão das Américas, por sua vez, também não obedece à distribuição étnica da população, como muitos autores argumentam, uma vez que desconsidera uma infinidade de etnias, muitas delas nativas, que habitam o continente.
Na verdade, o principal fator que divide essas duas Américas é o econômico. Enquanto os anglo-saxões possuem economias mais desenvolvidas, os latinos apresentam economias subdesenvolvidas ou emergentes.
A região amazônica contém cerca de um terço das florestas tropicais de todo o planeta, abrigando nada menos que metade de toda a biodiversidade mundial. Ela é responsável por manter o equilíbrio climático e ecológico, além de oferecer abrigo e alimento para uma enorme variedade de animais e pessoas.
Apesar de sua importância, a Floresta Amazônica é constantemente ameaçada pela ação do desmatamento. A região que apresenta maiores índices de desmatamento é aquela onde a fronteira agrícola avança em direção à floresta: são 500 mil km² de terras que vão do sudeste do Pará para o oeste, passando por Mato Grosso, Rondônia e Acre. Essa porção de terra é chamada de “arco do desmatamento da Amazônia”.
Para muitos especialistas em ecologia e biologia, as rodovias Belém-Brasília e Cuiabá-Porto Velho, foram o berço da criação do arco do desmatamento da Amazônia. O sucesso de ambas as estradas deram vida à construção de mais rodovias, que tiveram um maior povoamento por sua extensão, o que acarretou no desmatamento de inúmeras regiões de diferentes estados.
Nos últimos anos, os satélites da NASA constataram que a agricultura mecanizada é responsável por desflorestar a Amazônia com bastante agressividade. Como resultado disso, a região sofre com alterações no solo, mudanças climáticas e perda da biodiversidade.
O conceito de Deriva Continental existe desde o final do século XVI e século XVII, quando cientistas europeus notaram o perfeito encaixe entre as linhas costeiras em ambos os lados do Atlântico, como se as Américas, Europa e África tivessem estado juntas em determinado momento, e depois, se afastaram por deriva. Mas foi somente no século XX, que o cientista Alfred Wegener escreveu sobre a fragmentação e deriva dos continentes, apresentando dados sobre as similaridades marcantes entre as rochas, as estruturas geológicas e os fósseis dos lados opostos do Atlântico, e postulou sobre um megacontinente, o qual o denominou de Pangeia (do grego “todas as terras”).
Figura 1. A evolução da Pangeia até a formação dos continentes que conhecemos hoje. Ilustração: Artur Balytskyi / Shutterstock.com
Porém, suas hipóteses sobre a rapidez do movimento dos continentes e quais forças os moviam mostrou-se errônea, o que reduziu sua credibilidade no meio científico. Pesquisas defendendo a teoria da deriva continental continuaram, mostrando que não havia somente similaridades geográficas, mas similaridades geológicas das idades das rochas e das orientações das estruturas geológicas nos lados opostos do Atlântico. Outras evidências da deriva, como fósseis e dados climatológicos, também foram apresentados como dados válidos, e suportam a teoria até os dias de hoje. Fósseis idênticos do réptil Mesossaurus, de ±300 milhões de anos, foram encontrados apenas na África e na América do Sul, sugerindo que estes continentes estavam unidos naquele período. O mesmo ocorre para com os fósseis da flora de Glossopteris, de ±300 milhões de anos. Os animais e as plantas fósseis dos diferentes continentes mostraram similaridades na evolução até o período da fragmentação dos continentes. Também, depósitos associados com geleiras que existiram há ±300 milhões de anos foram encontrados na América do Sul, na África, na Índia e na Austrália.
Apesar de todas as evidências, ainda faltava a explicação para a força motora que movimentava os continentes para convencer a comunidade científica. Essa explicação somente aconteceu quando os cientistas deram-se conta de que a convecção do manto da Terra poderia empurrar e puxar os continentes à parte, formando uma nova crosta oceânica, por meio do processo de expansão do assoalho oceânico. As evidências convincentes começaram a emergir como um resultado da intensa exploração do fundo oceânico ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, com o mapeamento da Dorsal Mesoatlântica submarina e a descoberta do vale profundo na forma de fenda, ou rifte, tectonicamente ativo, estendendo-se ao longo do centro do Oceano Atlântico.
A hipótese da expansão do assoalho oceânico foi apresentada na década de 1960, pelos cientistas Hess e Dietz, onde propuseram que a crosta separa-se ao longo de riftes nas dorsais mesoceânicas e que o novo fundo oceânico forma-se pela ascensão de uma nova crosta quente nessas fraturas. O novo assoalho oceânico, que seria o topo da nova litosfera criada, expande-se lateralmente a partir do rifte e é substituído por uma crosta ainda mais nova, num processo de contínuo de formação de placa.
Na sequência, a tectônica em torno do globo sob a forma de “placas” rígidas movendo-se sobre a superfície da Terra foi descrita, propondo a teoria da Tectônica de Placas, que acabou por subsidiar as questões que faltavam para confirmar as evidências utilizadas para a teoria da Deriva Continental.
Bibliografia:
1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.
2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.
3. WICANDER, R.; MONROE, J.S. (2009). Fundamentos de Geologia. 1ª edição, São Paulo, SP; Cengage Learning, 507p.
A xenofobia na Europa é um problema social e político que vem ganhando proporções cada vez maiores, gerando uma ampla discussão internacional sobre o assunto.O problema da xenofobia na Europa vem intensificando-se ao longo do tempo.
O continente, assim como os Estados Unidos, é um dos locais do mundo que mais recebem imigrantes, além de contar com uma elevada migração interna, graças à livre circulação de pessoas que atinge a maior parte dos países-membros da União Europeia. Com isso, a xenofobia, que é a aversão, o preconceito ou a intolerância para com grupos estrangeiros, aumenta a cada dia.
O aumento dessas migrações internacionais estão geralmente ligadas a fatores de repulsão e de atração. Os primeiros são aqueles que contribuem para a saída rápida do migrante, seja por razões econômicas, por falta de recursos naturais, por crises humanitárias ou ocorrências de guerras ou guerrilhas. Já os fatores de atração são aqueles que se relacionam às condições oferecidas pelos lugares de destino, como uma economia estável ou uma grande oferta de emprego, melhor qualidade de vida, entre outros elementos.
No caso da Europa, há a combinação de ambos os fatores. De um lado, a população de países subdesenvolvidos busca no “velho continente”, além de emprego, melhores condições de vida, fugindo da realidade econômica de seus locais de origem. Com isso, há uma grande quantidade de estrangeiros vivendo na Europa, com uma estimativa de seis milhões de pessoas, entre migrantes legais e ilegais.
Assim, aumenta-se a intolerância para com os grupos estrangeiros, motivada pelas diferenças culturais e sociais, com inúmeros casos de intolerância social, racial e religiosa. Não obstante, a população europeia também se considera ameaçada pelos estrangeiros, com o receio de que eles diminuam a oferta de emprego e atrapalhem os rumos da economia, enviando dinheiro ao exterior (geralmente, seus lugares de origem) e diminuindo a circulação econômica interna. Tais medos intensificaram-se durante a recente crise econômica financeira.
Outra questão que se relaciona com o aumento da xenofobia na Europa é o crescimento de grupos partidários e políticos de extrema-direita que costumam alimentar uma linha ideológica baseada no antissemitismo, no conservadorismo e outros ideais fascistas, como a “pureza” dos povos europeus. A emergência de posições desse tipo intensificou, inclusive, medidas de Estado envolvendo atitudes xenófobas na Europa, como a construção do Muro de Ceuta, construído pelos espanhóis na África para separar a cidade de Ceuta do território marroquino, dificultando assim a entrada de migrantes.
Cartaz eleitoral do partido nacionalista alemão que diz “bom voo para casa”, em alusão aos imigrantes árabes *
Outro exemplo de ação de xenofobia praticada pelos políticos espanhóis refere-se às várias perseguições e tentativas de expulsão de povos ciganos, oriundos principalmente da Romênia, por parte dos governos da França e da Itália, totalizando milhares de extraditados de maneira voluntária (através do oferecimento de dinheiro para que deixem o país) ou involuntária (à força).
Apesar de a União Europeia ter criado, já em 1997, o Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia, ainda há muito o que se avançar no velho continente no que diz respeito à intolerância social e política para com estrangeiros. O mesmo desafio é enfrentado por outros territórios, como os Estados Unidos e, recentemente, países emergentes, que vêm se tornando novos vetores para a chegada de migrantes à procura de melhores condições vida.
A xenofobia é um grande problema conjuntural na Europa
Tipos de clima e paisagens vegetais do continente americano
Na América, os fatores que exercem influencia no clima interagem em diferentes combinações, constituindo diferentes tipos climáticos que se espalham por todo o continente americano.
Clima polar
No extremo norte da América, onde o clima polar é dominante, as temperaturas médias anuais são negativas, com a ocorrência de neve praticamente o ano todo. Por essa razão, o solo está sempre coberto de gelo e neve. Durante os meses do verão polar desenvolve-se a tundra, vegetação formada de musgos e liquens.
Clima frio
Ao norte do continente americano, nas altas latitudes, ao sul da região de clima polar, no Canadá, prevalece o clima frio. Nessas áreas os invernos são extensos e as temperaturas estão sempre abaixo de zero grau. Como consequência, durante a maior parte do ano, o solo fica coberto por neve. Os verões proporcionam temperaturas médias próximas dos 10 °C.
Nessas regiões desenvolve-se a taiga, constituída fundamentalmente por coníferas, muito explorada economicamente.
Clima frio de montanha
O clima frio de montanha domina no oeste do continente, onde se localizam as montanhas Rochosas e a cordilheira dos Andes. Nessas áreas as temperaturas médias anuais variam entre 5°C e 15°C.
Em regiões com essas temperaturas prevalece a vegetação de altitude, que apresenta características variáveis, de acordo com a altitude do terreno.
Clima temperado
Áreas de clima temperado proporcionam estações do ano bem definidas, com verões quentes e invernos muito frios. Este tipo de clima ocorre sobretudo na América do Norte, onde ocupa ampla área. Na América do Sul manifesta-se apenas em pequenas áreas ao sul.
A vegetação predominante dessas áreas é a floresta temperada, com árvores de grande porte e folhagens densas que caem no inverno. Essa vegetação foi praticamente destruída e deu lugar, principalmente, a áreas destinadas à agricultura.
Nas regiões de clima temperado também ocorrem as pradarias, constituidas basicamente por gramíneas e alguns arbustos. No Brasil, as pradarias são chamadas de campos e ocorrem especialmente no Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul e na Argentina, os campos também são conhecidos como pampas.
Clima subtropical
O clima subtropical ocorre em áreas de passagem entre as zonas temperadas e as zonas tropicais. Os invernos são agradáveis e os verões são quentes, apresentam temperatura média de 18 °C. As chuvas bem distribuídas durante o ano todo. Ocorre no sul do Brasil e no sudeste dos Estados Unidos.
As regiões no Brasil onde esse tipo climático ocorre apresentam vegetação de matas de araucária ou matas dos pinhais.
Clima tropical
Nas áreas onde o clima tropical predomina a temperatura média anual comumente é superior a 200 °C, com ocorrência, normalmente, de chuvas concentradas no verão e invernos secos.
Esse tipo de climático é influenciado pelas massas de ar úmido oriundas do oceano. A umidade permite o aumento das florestas tropicais, como no Brasil e em áreas da América Central. No interior da América do Sul, onde a umidade é menor encontramos as savanas, um tipo de vegetação que vem sendo destruída e suprimida pela agricultura comercial.
Clima equatorial
O tipo climático equatorial, típico de áreas próximas à linha do Equador, apresenta temperaturas elevadas e altos índices de chuvas bem distribuídas o ano todo.
Nessas regiões predomina a floresta equatorial, ou floresta Amazônica, que diferencia-se pela diversidade de animais e vegetais.
Clima semiárido
O tipo climático semiárido apresenta altas temperaturas elevadas, normalmente superiores a 25 °C, com chuvas insuficientes e mal distribuídas.
Na região Nordeste do Brasil, o clima semiárido favoreceu o desenvolvimento da Caatinga, tipo de vegetação de estepe que apresenta árvores de pequeno porte, com troncos retorcidos e espinhosos, e cactos, que armazenam água no seu caule.
Na América do Norte há uma ampla área de clima semiárido no centro-oeste dos Estados Unidos. Igualmente na porção centro-sul da América do Sul, na Argentina, encontramos uma grande área desse tipo climático, com regiões recobertas por estepes.
Clima árido ou desértico
Esse tipo climático tem como principais características a escassez de chuvas, as temperaturas elevadas durante o dia e muito baixas à noite. Este clima aparece em áreas dos Estados Unidos, México e Chile.
A vegetação dessas regiões é insignificante, às vezes constituída por plantas espinhosas e de raízes profundas; em outras vezes é inexistente.
A Região Norte do Brasil é a maior região em extensão territorial, com uma área de 3 853 676,948 km², equivalente a 42,27% do território nacional.
Essa região conta com uma população de cerca de 17 231 027 de habitantes, segundo o censo de 2014. Ela é formada por sete estados: Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins.
Na Região Norte, localiza-se a Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo; o rio Amazonas, o maior rio do mundo em extensão; a Bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica do mundo; e Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil, com 2.993,78 metros de altitude.
O Pico da Neblina está situado no Parque Nacional do Pico da Neblina, na serra Imeri, no município de Santa Isabel do Rio Negro, no estado do Amazonas.
Mapa da Região Norte
Estados e Capitais da Região Norte
Os sete estados da Região Norte e suas capitais são:
A região Norte faz fronteira com a Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e a Guiana Francesa, e com os estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Goiás e Mato Grosso.
Clima da Região Norte
O clima predominante na maior parte da Região norte do Brasil é o equatorial úmido, apresentando elevadas temperaturas, com médias acima de 25°C, chuvas abundantes durante todo o ano, superiores a 2.000 a 3.000 mm anuais, variando conforme os movimentos das massas de ar.
Em todo estado do Tocantins e no sudeste do Pará predomina o clima tropical, com duas estações bem definidas, uma chuvosa e uma seca.
No noroeste do Pará e leste de Roraima predomina o clima equatorial semiúmido, com curtos períodos de seca e temperaturas elevadas durante todo o ano.
Vegetação da Região Norte
A vegetação da Região Norte está intimamente ligada ao clima, ao solo e ao relevo. Além da floresta, que ocupa a maior parte da região, aparecem campos úteis para a criação de gado.
A Floresta Amazônica, que ocupa 40% do território brasileiro, apresenta três degraus de vegetação, tendo como base os níveis de altitude:
A mata de terra firme, parte da floresta que se localiza em terrenos mais elevados, que não são atingidos pelas inundações dos rios.
Nessa região se encontra o mogno, o cedro, o angelim, a andiroba, o guaraná, o caucho (planta que fornece o látex) e a castanheira, árvore nativa que pode atingir 30 metros de altura.
A mata de várzea, parte da floresta sujeita a inundações periódicas. Situa-se entre a mata de terra firme e a do igapó, apresentando grande diversidade de espécies, predominando árvores que fornecem o látex, a maniçoba, a maçaranduba etc.
A mata de igapó é a parte da floresta que se localiza em terrenos baixos, próximo dos rios, ocupando o solo permanentemente alagado, onde predomina a vitória régia, a piaçava etc.
Relevo da Região Norte
Na Região Norte predominam três áreas de relevo:
A planície amazônica que acompanha a grande bacia fluvial, com altitudes que variam de 100 a 200 metros acima do nível do mar.
A região de planaltos, entre 200 a 800 metros de altitude, em áreas de chapadas e serras: a serra dos Carajás, serra Pelada, serra de Tumucumaque, a serra do Acarai e a serra do Cachimbo no estado do Pará; a serra Dourada, a chapada das Mangabeiras, no Tocantins; e a chapada dos Parecis em Rondônia.
As regiões de maiores altitudes, acima de 800 metros, entre elas, a serra do Parima e do Pacaraima, no estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela e a serra do Imeri, no estado do Amazonas, onde se localiza o Pico da Neblina e o Pico 31 de Março.
Hidrografia da Região Norte
A Região Norte do Brasil possui duas grandes bacias, a Bacia Amazônica e a Bacia do Tocantins. A Bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica do mundo, é formada pelo rio Amazonas e seus mais de mil afluentes.
Com 3.869,953 km de extensão, em território brasileiro, possui 22.000 km de rios navegáveis.
A Bacia do Tocantins, a maior bacia hidrográfica totalmente brasileira, é formada pelo rio Tocantins e seus afluentes. O rio Tocantins nasce no estado de Goiás, atravessa os estados de Tocantins, do Maranhão e do Pará, até desaguar no Golfo Amazônico, próximo à cidade de Belém.
Na época das cheias apresenta grande parte de seus rios navegáveis. A hidrelétrica de Tucuruí, localizada no estado do Pará, é a maior usina hidrelétrica totalmente brasileira.
Economia da Região Norte
A Região Norte começou a receber grande número de migrantes, por volta de 1870, que se embrenhavam pela floresta a procura da seringueira, para extração do látex, usado na fabricação da borracha.
Em 1910, metade da borracha consumida no mundo saía da Amazônia. O extrativismo do látex e da castanha-do-pará, atraiu imigrantes espanhóis, portugueses e franceses.
Estimulando o crescimento da região, foram construídos os portos de Belém e Manaus, além de outros em cidades menores.
O Acre foi comprado em negociações com a Bolívia. Foram construídas ferrovias para escoar toda a produção extrativista e instaladas pequenas indústrias de bens de consumo.
As cidades de Manaus e Belém se modernizaram, com a construção de teatros, bibliotecas públicas, palacetes, jardins públicos, energia elétrica, serviço de bonde etc.
A primeira reserva extrativista de seringueiros e castanheiros foi criada em 1990, em Xapuri, no estado do Acre, após o assassinato, em 1988, do seringueiro e líder sindical Chico Mendes.
A cidade de Marabá, no Pará, é o maior centro exportador de castanha-do-pará. A Brazil nut (nome da castanha no mercado internacional) é exportada para os Estados Unidos, Japão e países da Europa.
A Região Norte possui imensos recursos minerais. A cassiterita (da qual se extrai o alumínio) é explorada desde 1958 em Rondônia. Por volta de 1967, foram descobertas na Serra dos Carajás, no sudeste do Pará, grande jazidas de minério de ferro e de manganês, ouro, cassiterita, bauxita, níquel e cobre.
A bacia do rio Negro e Solimões é rica em petróleo e gás natural, com destaque para a província petrolífera de Urucu, a 600 quilômetros de Manaus. O complexo de produção se estende por mais de 70 poços.
A Região Norte do Brasil era pouco industrializada, até meados de 1960, quando a cidade de Manaus recebeu incentivos fiscais para a instalação de indústrias.
O Distrito Industrial foi planejado e recebeu várias empresas nacionais e estrangeiras, principalmente de origem japonesa (Sanyo, Sony, Toshiba, Yamaha, Honda etc.).
Também teve investimento de empresas norte-americanas, alemães, francesas e outras, principalmente do setor de eletroeletrônicos, que se beneficiaram com as facilidades de importação de peças e componentes.
Com a criação da Zona Franca de Manaus, outros setores da economia local e regional foram beneficiados, como o comércio, a prestação de serviços em geral, transportes urbanos, além do setor de turismo e hotelaria.
Cultura da Região Norte
A cultura da região Norte é muito rica, e fortemente influenciada pelos indígenas, europeus, africanos, bem como pelos migrantes.